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Depressão: um problema real que acomete militares.

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Esse artigo trata de um assunto que tem sido muito comum em nossa sociedade, principalmente, no período de pandemia que estamos vivendo, a DEPRESSÃO.

A depressão é um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%.

Segundo o Ministério da Saúde, as principais causas de depressão são:

Em primeiro lugar, a Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético propício para o desenvolvimento da depressão. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade para desenvolver a doença;

E segundo lugar, a Bioquímica cerebral: há evidências de deficiência de substâncias cerebrais, chamadas neurotransmissores. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina que estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor;

E por último, os Eventos vitais que são as situações estressantes que podem desencadear episódios depressivos naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença.

A atividade militar causa muito desgaste, não apenas físico como também psicológico. Essa realidade se confirma pela grande quantidade de militares afastados por problemas psiquiátricos como depressão, síndrome do pânico, síndrome do esgotamento profissional entre outros.

A Justiça Federal proibiu o Exército de usar ficha de inscrição que leve a discriminação. A proibição aconteceu depois de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal, em 2018. Desde 2017, o MPF investiga casos de perseguição e práticas de tortura contra recrutas por motivações políticas e ideológicas.

O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existem exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão.

Nós, do escritório CH Advocacia Militar, temos vistos muitos casos de militares com depressão devido a inúmeros fatores.

A principal dificuldade que os militares enfrentam é conseguir provar que o serviço militar deu causa à doença.

Por não existirem exames laboratoriais para o diagnóstico da depressão essa comprovação se dificulta.

A orientação que damos para os militares é que não tenham vergonha de relatar o que tem acontecido, e procurem ajuda especializada DESDE O INÍCIO DOS SINTOMAS. Isso pode evitar o agravamento da doença e, ainda, ajuda a comprovar que você seguiu a indicação médica para tratamento.

Eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos, e os militares, muitas vezes, estão sob forte pressão hierárquica e estresse oriundo da própria natureza da atividade militar.

Muitos militares tem medo de relatar o que estão passando com receio de represálias, ou até mesmo de serem licenciados. Mas a depressão precisa de um tratamento adequado e, em alguns casos, o militar precisa da licença para tratamento de saúde e o acompanhamento ideal.

Por fim, lembre-se de que o militar, temporário ou de carreira, com doença emocional/psiquiátrica que provoque incapacidade temporária para o serviço militar, tem direito às garantias previstas pelo sistema de proteção social: SAÚDE, PENSÃO, REMUNERAÇÃO E ASSISTÊNCIA.

Portanto, não tenha medo ou vergonha. Busque ajuda.

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Comentários

Data da Publicação

06/04/2020

Escrito por

CH Advocacia Militar

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5 Comentários

  1. Paulo Henrique

    Quem tem ansiedade pode ser dispensado do exército?
    Irei para a seleção complementar. Tenho ansiedade e tbm estive por um bom tempo em tratamento contra um quadro depressivo. Se eu mostrar uma declaração, posso ser dispensado?

    Responder
  2. Maria Elita Da Silva

    Bom dia; gostaria de uma informação, muito importante,meu filho entrou no exército em 2019 como recruta, serviço obrigatório.Serviu e enganou com comportamento excelente.Tanto que foi solicitado para uma outra unidade devido o curso técnico que possue e saber trabalhar com pregação e licitação etc.Ja estava no 5 semestre de educação física bolsista.
    Porém nesse meio tempo,meu esposo faleceu de covid;ele não era filho biólogico porém tinha um amor de filho e pai de verdade,tanto que ele queria da muito servir o Exército,pois meu esposo era militar da reserva.
    Porém começou com crise de anciedade,e foi encaminhado para psicóloga e posteriormente psiquiatra.
    Que o diagnosticou com depressão iniciando de imediato o tratamento com medicação.
    É muito difícil falar que ele tentou tirar a vida dentro do quartel em uma crise.
    E a poucos dias tentou novamente.
    Para minha surpresa,ao voltar das férias,ele não reeganjou e foi dado a baixa dele
    Hoje está com 118 kilos, abandonou a faculdade e está privado do tratamento com o médico pois perdeu o convênio.Pergunto o exército pode da a baixa de um militar doente.
    Porque depressão não é frescura é uma doença.

    Responder
    • Marilene

      Preciso saber se estando desligado da marinha a 7 anos mais com uma doença cronica adquirida na funçao se ainda da de entrar com processo contra a marinha?

      Responder
  3. Caian Soares

    O serviço militar é, sem dúvidas, um forte desencadeador de problemas psicológicos nas pessoas. Eu infelizmente servi na aeronáutica durante 05 anos, até o momento em que passei num concurso público e pedi para sair do meu cargo de cabo. Era um serviço desgastante, onde tínhamos que lidar com pessoas mal educadas, superiores que não tinham empatia alguma pelos subordinados, dentre muitas outras situações que provocam muito desgaste em qualquer pessoa.

    Até hoje eu tenho uma dificuldade muito grande para administrar as lembranças da minha época da FAB. Tenho muito receio em relação ao que as pessoas continuam passando nas forças armadas ser, até hoje, uma forma de torturar as pessoas emocionalmente. Acho que deveriam mudar muito como as coisas funcionam lá dentro, inclusive tornando o tratamento das pessoas mais humanizado.

    Acho que o treinamento não deveria ser ministrado por qualquer pessoa, e deveria ser filmado sempre. Também acho que quem leva o outro a passar por situações onde a sua saúde mental possa ser afetada deveria ser responsabilizado perante a justiça.

    Responder
    • BIA

      Boa tarde, concordo com você, meu irmão entrou como recruta faz pouco, e está claramente com ansiedade/depressão, ele se dá muito bem nas instruções, porém a falta de empatia lá dentro é gigantesca. Meu irmão nunca teve transtornos psicológicos, mas logo depois de alguns dias, era visível pelas mensagens que nos mandava, o desespero e o medo que ele tem dos superiores. No quartel daqui não tem psicologo, tem apenas um medico, que inclusive ri de quem o procura, fazendo entao com que os recrutas sofram represalias lá dentro. É triste pq nao se tem nem como provar.

      Responder

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